quinta-feira, 16 de abril de 2009

Not fair

A minha escola é uma escola excelente. A quase todos os níveis. Está situada na "periferia" e por isso tem uma vista lindíssima para o mar, para o rio e ainda para a ponte, para o padrão dos Descobrimentos e para a Torre de Belém. É grande, muito grande. Cheia de espaços verdes e recantos escondidos que só os que lá andam há alguns anos é que os conhecem.
Em matéria de pessoal, penso que os professores são bastante bons, exceptuando algumas aves raras, que, infelizmente, existem em todos os estabelecimentos de ensino. Quanto aos auxiliares de acção educativa, vulgo contínuos, alguns podiam ser melhores. Quanto aos alunos o caso é mais complicado. Há elementos complicados, embora não seja geral, nem nada que se pareça. No entanto, a escola abrange alguns bairros problemáticos da zona e por isso alguns problemas derivam desse mesmo facto.

O problema principal, pelo menos do meu ponto de vista é o Conselho Executivo. O Presidente está no mesmo cargo há anos, e impõe regras rídiculas como as saídas e entradas dos alunos, faz uma má gestão do espaço e do pessoal escolar, cria bastantes conflitos entre os restantes professores por questões praticamente insignificantes. E cria-se, muitas vezes, um mau estar desnecessário. Além disso o Presidente é da área das matemáticas e tende a desprezar as outras áreas (leia-se letras e humanidades) de maneira que para fazer alguma coisa nessa área é o "cabo dos trabalhos" e quando se faz o apoio do CE é pouco. Isto tudo para desabafar: temos tido imenso trabalho com o 25 de Abril, preparar o espectáculo, conferências, supervisionar e corrigir os trabalhos dos alunos, preparar as diferentes salas que tiveram de ser remodeladas, preparar montagens tanto "físicas" como visuais, para além do resto do trabalho das suas disciplinas, os professores envolvidos estão à beira de um esgotamento e contudo continuamos a ser sobrecarregados com tudo o resto. Uma colega minha disse-me isto hoje: Isto não é justo. E não é

Sem comentários: